Pés - Os nossos apoios


Os pés são o único ponto básico do aparelho locomotor, que assegura a posição erguida (bípede), intervindo nesta função os músculos que atuam sobre a cabeça e tronco, as ancas e as pernas. Qualquer alteração da dita posição significa que todos os elementos que contribuem para a dinâmica do corpo serão afetados.


Assim se conclui que o estudo do pé não pode ser isolado do restante aparelho locomotor; como estrutura complexa que é, necessita do suporte, apoio e interação de ciências distintas que complementam esta formação.


Os pés são também a base de sustentação do organismo humano, pois suportam o peso do corpo, ficando sujeitos a uma enorme tensão.

Além disso, os pés estão sujeitos a um enorme desgaste; por exemplo, os pés de uma pessoa de 70 anos fizeram um percurso equivalente a 3 vezes a volta ao mundo.

QUAIS SÃO AS FUNÇÕES DO PÉ?

O pé é o principal suporte do peso do corpo.

Basicamente tem duas funções distintas: uma em estática (quando o indivíduo se encontra parado e de pé), e outra em dinâmica (quando o indivíduo se encontra em movimento).

A função em estática diz respeito à distribuição de forças que o peso do corpo faz incidir sobre os pés.


A função em dinâmica é bastante complexa porque engloba o estudo da mecânica dos pés e de todo o corpo – Biomecânica – mas de uma forma básica pode ser descrita como um “motor activo”, porque permite a propulsão, o caminhar, correr, saltar, etc.

A função dinâmica é também amortecedora das pressões que chegam ao pé durante a marcha, a corrida e o salto.
 

Como se pode ver o pé é uma estrutura de enorme importância para o nosso corpo, permitindo a interação do corpo com o solo e com o meio que nos rodeia, tornando-nos capazes de executar movimentos e de captar e perceber estímulos que nos são enviados pelo exterior.


EM CONCRETO, DE QUE PROBLEMAS TRATA A PODOLOGIA?


A Podologia dedica-se ao estudo do pé em diferentes áreas, sendo as mais frequentes:

Onicomicose    

Pé plano (pé chato)         

Pé cavo         

Verrugas plantares         

Micoses interdigitais         

Joanetes   

Unhas encravadas (onicocriptoses)         

Esporões de calcâneo         

Pé diabético         

Onicomicose         

Hiperidrose (excesso de transpiração )   

Queratopatias (calos e calosidades )       

Dermatomicoses (fungos na pele)         

Dedos em garra         

Frieiras         

Ulceras (feridas)         

Gretas         

Metatarsalgias         

Neuroma de Morton 

Dismetrias

Áreas de Atuação


Pé da Criança

Patologias comuns nos pés das crianças:

Alterações estruturais do pé (pé plano/chato)

Alterações do caminhar (caminhar com o pé/ pés para dentro, quedas frequentes)

Valgismo (juntar os joelhos)       

Alterações da pele

Alterações das unhas

Dores generalizadas

Confeção palmilhas personalizadas     

Pé do Idoso

Pé diabético

O  que é a diabetes ?


A diabetes é uma doença crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue, o que pode provocar danos em vários órgãos, se não for tratado.

Existem duas formas de diabetes:
Diabetes tipo 1, também conhecida como diabetes insulino-dependente. Usualmente afecta as crianças ou o jovem adulto. As pessoas com este tipo de diabetes necessitam de injecções diárias de insulina.

Diabetes tipo 2, também conhecida como diabetes não insulino – dependente. Ocorre, normalmente, depois dos 40 anos e é o tipo de diabetes mais vulgar; corresponde a cerca de 90 % de todos os casos de diabetes. Há uma forte tendência genética para herdar este tipo de diabetes. Pode ser bastante controlado com uma alimentação cuidada e exercício físico.


A maioria das complicações do diabetes são o resultado de problemas com os vasos sanguíneos. Os níveis glicêmicos que permanecem elevados durante um longo período fazem com que pequenos e grandes vasos sanguíneos estreitem. O estreitamento reduz o fluxo de sangue para várias partes do corpo e leva a problemas. Há várias causas para o estreitamento dos vasos sanguíneos


Problemas do pé na diabetes


A diabetes causa muitas mudanças no corpo. As seguintes alterações nos pés são frequentes e difíceis de tratar:

As lesões no nervo (neuropatia) afetam a sensibilidade dos pés ao ponto de não se sentir dor. Irritação e outras formas de lesão podem passar desapercebidas. Uma lesão pode perfurar a pele antes de a pessoa sentir qualquer dor.

As alterações na sensibilidade mudam a forma como o diabético suporta o peso em seus pés e os concentra em determinadas áreas para formarem calosidades. As calosidades (e pele seca) aumentam o risco de feridas na pele.

A diabetes pode causar má circulação nos pés, formar úlceras mais provavelmente quando a pele estiver lesionada e formar úlceras mais difíceis de curar.


Como a diabetes pode afetar a capacidade de o organismo combater infecções, uma úlcera no pé, após formada, torna-se facilmente infectada. Devido à neuropatia, é possível que a pessoa não sinta desconforto decorrente da infecção até ela ter se tornado grave e difícil de ser tratada, o que dá origem à gangrena. O diabético tem 30 vezes mais probabilidade de ter de amputar um pé ou uma perna do que um não diabético.

O cuidado com os pés é fundamental. Sempre por podologistas devidamente certificados .


CUIDADOS COM OS PÉS

É importante ter um cuidado especial com os pés. Isso ajuda a evitar que as feridas ou úlceras se infecionem e se tornem dolorosas ou que se desenvolva uma gangrena. Um bom cuidado com os pés também ajuda a evitar a amputação. As medidas de cuidados pessoais incluem:

Examinar os pés diariamente à procura de fissuras, úlceras, verrugas e calosidades

Lavar os pés todos os dias com água morna e sabonete suave e secá-los completamente e com delicadeza

Usar um hidratante para pele seca

Usar talco comum para manter os pés secos

Cortar as unhas dos pés retas e não muito curtas (pode ser necessário que um podologista corte as unhas; o podologista precisa saber que a pessoa tem doença arterial periférica)

Verrugas e calos devem ser tratados por um podologista

Evitar adesivos ou produtos químicos fortes para extrair calos ou calosidades

Trocar de meias diariamente e de sapatos frequentemente

Usar meias de lã folgadas para manter os pés aquecidos

Não usar com elásticos muito apertadas

Utilizar calçados que se ajustem bem, com bastante espaço para os dedos

Evitar calçados abertos ou andar descalço

Não usar bolsas de água quente nem almofadas de aquecimento

Não mergulhar os pés em água quente ou em soluções químicas

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